TRILOGIA DO CORAÇÃO - NORA ROBERTS
Depois
de algum tempo... estou aqui.. ai que coisa mais idiota, vamos lá,
hoje terminei de ler a trilogia do coração, de nossa querida
autora, devo confessar, estou mais apaixonada ainda pela Irlanda e
sua pequena aldeia de Ardmore, magia e amor, em um cenário dos
sonhos, daqueles em que você não quer mais sair, e juro que se eu
puder um dia eu irei conhecer este pedaço de terra.
Mas
voltando a historia em si, o ponto chave aqui é a magia do amor,
também marcada por uma escolha e esta escolha pode influenciar não
apenas uma vida mas todas as outras e ainda ser a chave para transpor
o encantamento, começamos pelo querido fantasminha camarada, lady
Gwen e o príncipe das fadas Carrick, o amor deles foi tão puro mas
que sucumbiu ao orgulho e o dever, ela seguiu o que a razão lhe
disse e foi cega para não ver o que verdadeiramente ele lhe
entregava, e ele foi orgulhoso e prepotente demais para em vez de
oferecer o seu coração e o seu amor, ou melhor, em vez de oferecer
palavras românticas, apenas ofereceu o mundo e as joias.
A
meu ver ela foi uma completa idiota, o homem lhe oferecia tudo o que
era e o que tinha e ela só se dedicou a querer palavras, não
percebeu que o coração dele estava em tudo aquilo, foi teimosa e
por isso sofreu ao escolher a razão, depois de o rejeitar três
vezes, escolheu ao dever que tinha que cumprir, tudo bem que ela foi
feliz com seus filhos e marido, mas nunca foi de verdade, e
amargurada passou a vagar como um fantasma.
E
ele a meu ver, foi um completo asno, a mulher só queria que ele
dissesse algumas palavras de amor, claro que eu ainda continuo
achando ela mais asna do que ele, por que ele ofereceu o seu mundo e
ela o recusou, quer prova maior de amor do que isso? Mas não a
imbecil queria apenas palavras, palavras que ele orgulhoso demais,
preocupado demais para manter a pompa de EU SOU O GRANDE não as
ofereceu.
Recentemente
eu pude perceber o poder das palavras, e de fato, revendo a questão
pode se notar o quanto as palavras são importantes, o quanto elas te
abalam, provar só não é o suficiente, e talvez uma forma de provar
é dizendo sem problemas.
Mas
vamos a historia de fato, no livro Diamantes do sol, tudo começa com
Jude Frânces, uma boa menina sucumbindo a paranoia e a crise dos
seus quase 30 anos, uma professora psicologa estressada com a vida,
que decide num ato impensado mandar tudo as favas e fugir para a sua
terra de origem, a Irlanda, cansada de todos, da profissão
desgastante e sem dom, cansada de estar sozinha e ainda guardando as
feridas do casamento falido, eis que ela se depara com o Aidan
Gallagher
o charmoso irlandês dono do pub da família.
A
Jude, então passa a se descobrir no meio de tantos contos e
histórias é ela que conta e passa a escrever a lenda de lady Gwen e
o príncipe das fadas, e quando ela se da por conta esta tão
envolvida na historia que passa a fazer parte dela, o primeiro passo,
o primeiro elo a ser rompido. Mas a psicologa nela realmente reluta
contra os sonhos e os mistérios dessa terra,e entre um acerto e
outro e duas rejeição culminando em um quase fim trágico para
nossa lenda, o que realmente nos causa muita revolta e vontade de
pegar a cabeça da mulher e jogar contra uma parede de concreto, o
mulher teimosa! Eis que ela aceita o pedido de Aidan.
O
amor aqui e a teimosia são muito rivais, ela reluta em enxergar o
que de fato esta em seu coração, talvez pelo fato dela não
conseguir ver se como de fato é, saber quem é, é difícil e
complicado, Jude resolvendo conhecer as lendas e transferi las para
a escrita acabou tendo muitas crises existenciais, lutar contra o
enraizado método sistemático que aprendeu na faculdade ou seguir a
voz de seu coração e dar voz a seu dom, e foi o que ela fez
buscando seguir a magia e o amor.
A
história não gira só em torno dela, claro, outras cenas introduzem
todo o contexto neste livro, mas também o ambiente do pub, e seus
três irmãos a comandar, além do divertido momento com alguns
personagens do povoado.
Mas
foi o segundo livro, Lágrimas da lua, que me conquistou, amei o
romance da durona e trabalhadora Brenna com o sonhador e fora do ar
Shawn, são amigos desde que se conhecem por gente, e sente mais do
que isso, desde que se conhecem por gente, o problema maior é que
nunca ultrapassaram a barreira da amizade, ate que a Brenna resolve
mudar as coisas, cena que me rendeu muito divertimento.
- Eu estou pronta para mudar, para avançar. - Os olhos
contraíram-se enquanto o estudava. - E não me importo de assumir o
comando, se é assim que tem de ser.
- E desta vez pretendes assumir o comando de quê?
- De ti. - Ela recostou-se, ignorando o sorriso de
Shawn, enquanto tomava um gole do chá. - Acho que devemos fazer
sexo.
Shawn engasgou-se. Derramou o chá quente na mão e no
jornal, num violento ataque de tosse. Ela soltou um grunhido
contrariado. Pôs no chão o irritado Bub, para se levantar e bater
com firmeza nas costas de Shawn.
- Não pode ser uma perspectiva assim tão terrível.
- Jesus! - Foi o máximo que ele conseguiu balbuciar. -
Doce Jesus Cristo! - Quando Brenna se voltou a sentar, ele continuou
a fitá-la com os olhos esbugalhados, ainda lacrimejando. No final,
respirou fundo e soltou o ar devagar. - Como podes dizer uma
coisa dessas?
- É simples e objetiva. - Determinada a controlar os
nervos e a impetuosidade, Brenna estendeu o braço por cima do
encosto da cadeira.
- A verdade é que sinto algum desejo por ti. Um anseio
profundo. E há já algum tempo. - Desta vez ele ficou boquiaberto. O
choque no seu rosto fez com que a fúria de Brenna se aproximasse da
superfície. - Em que estás a pensar? Que só os homens se podem
coçar quando sentem uma comichão?
Claro que Shawn não pensava assim. Mas também não
achava que uma mulher pudesse entrar assim na cozinha de um homem e
fazer um anúncio desse tipo.
- O que pensaria a tua mãe se te ouvisse a falares
assim? Brenna inclinou a cabeça.
- Ela não está aqui, pois não?
Depois
disso foi um desenrolar maravilhoso, um jogando com o outro,
seduzindo, com alguns percalços que me irritaram mas gostei como ela
os resolveu sem causar maiores irritações para no fim, terminar
tudo bem rendendo outro bom momento.
- O orgulho é importante para um homem - comentou
Carrick, sentado numa pedra.
Shawn mal olhou para ele.
- Estou a meio de uma crise pessoal. Prefiro ficar
sozinho, se não te importares.
- Ela deu um valente golpe no teu orgulho, e não te
culpo pela atitude que assumiste. Uma mulher deve saber qual o seu
lugar... e, se não sabe, precisa que lhe seja mostrado, sem qualquer
sombra de dúvida.
- Não é uma questão de lugar, seu burro arrogante.
- Não descarregues em mim, rapaz - protestou Carrick,
jovial.
- Estou contigo, neste caso. Ela exagerou, com toda a
certeza. Em que estava essa mulher a pensar, ao pegar numa coisa que
te pertencia para mostrar a um estranho? E não importa que lhe
tenhas dado. Foi apenas uma espécie de presente, pode-se dizer
assim. Apenas um detalhe técnico.
- É verdade.
- Eu sei. E ainda por cima, como se já não fosse
desfaçatez suficiente, o que faz ela? Providencia para que tenhas a
noite de folga...
- Foi ela quem tratou disso? - Por falta de alguma coisa
mais satisfatória, Shawn atirou outra pedra para o penhasco. - Eu
sabia que não estava louco!
- A brincar com a tua mente... foi isso que ela fez. -
Carrick sacudiu a mão. Lançou a pequena estrela na ponta dos dedos
para o mar, produzindo uma luz prateada na sua esteira. - A preparar
o jantar, a deixar tudo bonito para ti, até ela própria. Jamais
conheci uma mulher mais insidiosa. Fizeste bem em livrar-te dela.
Talvez devesses olhar de novo para a irmã, no final de contas. Ela é
jovem, mais flexível, não concordas?
- Oh, cala essa boca!
Shawn levantou-se e afastou-se, ficando sério ao ouvir
a gargalhada divertida de Carrick.
O romance destes dois
é simples, sem muitos desvios, mas é algo gostoso de se ler,
divertido e charmoso, vale a pena, me encantou mais este por isso,
algo simples bem ao estilo natural.
E finalizando a
trilogia em Coração do mar, temos o romance da ambiciosa Darcy e do
sistemático Trevor Magee, eu ainda não tenho opinião formada,
também o seu desenrolar é simples, onde há uma pitada de vaidade e
orgulho interferindo, mas o romance sempre consegue vencer. Eu só
teria gostado mais se a autora tivesse dado mais enfase ao encontro
do nosso fantasminha com o seu príncipe, depois de tanta espera e
angustia, eles não tiveram um momento lindo no final, ficaram juntos
claro, mas nada descritivo.
Essa história em si talvez não tenha me cativado tanto, não porque seja sem graça, longe disso, mas por motivos que minha razão desconhece não consegui gosta dos protagonistas... ela é futil e me inerva muitas vezes com a mania de grandeza dela, tudo bem, tenho que dar o merito para ela por ser determinada, muito decidida no que quer, mas o materialismo da criatura me deixa fula da vida... detesto pessoas assim... e ele é um completo homem sem tato e sem inteligencia emocional alguma....
Ok! adimito o momento "dane se tudo" no final, salvou a pátria, mas eu ainda não consegui simpatizar com ela como consegui com as outras mulheres anteriores.... Mas o livro é bom... A trilogia é fascinante e recomendo, vale a pena ter...
É isso ai pessoal, outro mega texto...